Eu era apenas uma criança de 9 anos, conhecido por todos como o garoto que nunca iria batalhar, um garoto inútil, fraco, burro que jamais pisaria nas arenas para enfrentar os prÃncipes, que aliás, naquela época eles eram adorados pela população da vila.
Ninguém gostava de mim e eu não entendia o motivo, eu jamais ousei fazer algo de ruim para alguém, eu apenas gostava de ficar sozinho, lendo ou talvez desenhando, sinceramente não consigo entender o motivos deles terem tanto ódio de um garoto de 9 anos.
Certo dia eu estava sentado próximo a um rio, eu estava apenas desenhando, mas de repente percebi que aqueles garotos que não gostavam de mim estavam vindo em minha direção, naquele mesmo momento fiquei com muito medo pois eram muitos, mais que o normal.
Quando chegaram perto de mim fecharam uma roda em volta, fiquei apavorado e falei para que não fizessem nada comigo, que me deixassem em paz pois nunca tinha feito nada de mal para eles.
Meu pedido não adiantou nada, começaram a rir e a debochar de mim, falaram coisas horrÃveis de mim, do meu pai, da minha mãe e irmã.
Quando achei que tinham terminado eles me pegaram e me jogaram no rio... não era um rio fundo, não tinham intenção de me matar, apenas me molhar pois sabiam que aquela era a única roupa que eu tinha. (olhos se enchem de lágrimas)
Aquele tinha sido o pior dia da minha vida pois nunca tinham falado tantas coisas ruins para mim, um dos garotos era filho do rei, o prÃncipe, meu pai trabalhava para ele no castelo, ele era ajudante do prÃncipe, tudo que o prÃncipe precisava meu pai que fazia, eu não entendia o motivo dele chamar meu pai de ladrão e porco, fez ameaças, disse que iria mandar matar meu pai pois não se aceitava um porco ladrão como ele no reino.
Chegando em casa encontrei meu pai chorando e minha mãe consolando ele, minha irmã estava no quarto brincando com sua boneca de pano, aliás, sua única boneca pois não tÃnhamos dinheiro para dar mais que uma.
Perguntei então o motivo do choro de meu pai, não quiseram explicar mas eu insisti a ponto de meu pai responder gritando que ele havia roubado uma joia do filho do rei para poder fazer minha festa de aniversário.
Naquele momento entrei em desespero, queria morrer pois me senti culpado, desejei nunca ter nascido pois na minha cabeça se eu não tivesse nascido meu pai não teria precisado roubar para fazer meu aniversário, tomei então uma decisão, fugi de casa, fui pra muito longe, não queria mais trazer problemas!
Passaram se onze anos quando decidi voltar para casa, cheguei no reino e fui até onde minha casa ficava, não tinha mais nada lá, perguntei então para um grande amigo do meu pai, o Mineiro, ele então explicou que o prÃncipe tinha ordenado que os Bárbaros matassem meu pai pelo roubo, porém mataram meu pai, mãe e irmã!
Fiquei com muito ódio, e o que eu mais queria era vingança, resolvi então treinar dia e noite sem parar, pedi para um outro amigo do meu pai, o Mago para que fizesse uma máscara e uma arma para mim e contei meu plano para ele, aceitou então o meu pedido pois meu pai era seu melhor amigo e prometeu me treinar!
Depois de exatamente 3 meses eu já estava treinado, o Mago havia feito uma máscara preta de couro para mim e um machado que quando eu o jogava ele ia girando e voltava para mim novamente, tive que treinar muito para que eu conseguisse pegar ele no ar, todo esse treinamento me rendeu muitas cicatrizes, mas nada tão profundo do que a cicatriz que o prÃncipe havia deixado dentro de mim com a perda dos meus pais e irmã!
Naquela mesma noite fui até a casa do prÃncipe, onde coloquei fogo na casa, com a casa em chamas entrei e peguei sua mãe, quando o prÃncipe apareceu eu cravei o machado em sua mãe para que ele visse e sentisse a mesma dor que eu senti de ter perdido alguém que eu tanto amava.
Ele tentou me matar, mas não conseguiu, eu não era mais fraco, não era mais burro, agora eu era um homem que desejava vingança, consegui então sair da casa em chamas mas o prÃncipe, bom, também conseguiu sair, mas bem machucado e seu cavalo que havia pulado na frente do meu machado para salvá-lo, não sei dizer, mas deve ter sobrevivido também.
Eu me torneio um homem mau, sem sentimentos, sem emoção, agora desejo apenas terminar o que eu comecei, quero matar o prÃncipe em uma arena e irei batalhar até conseguir e quando eu conseguir irei retirar minha máscara no meio da arena para que todos vejam que o garoto de 9 anos, fraco e burro havia mudado e se tornado um homem forte, inteligente e treinado para derrotar qualquer um que ousasse cruzar meu caminho.
E vocês devem estar se perguntando qual meu nome, mas vocês não precisam saber, apenas me chamem de Executor, o homem que vingou a morte de sua famÃlia!
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